
A adenomiose é uma condição ginecológica caracterizada pela presença de tecido endometrial (que reveste o útero) infiltrado na camada muscular do órgão, o miométrio.
Embora muitas mulheres convivam com sintomas por anos até o diagnóstico, reconhecer os primeiros sinais pode fazer toda a diferença para um tratamento mais eficaz e menos invasivo.
Menstruação intensa e prolongada
Um dos sintomas mais comuns da adenomiose é o fluxo menstrual excessivo, muitas vezes acompanhado de coágulos e períodos mais longos do que o habitual.
Essa perda de sangue pode levar à anemia e causar fadiga constante, afetando diretamente a qualidade de vida da mulher.
Cólicas menstruais intensas (dismenorreia)
As cólicas da adenomiose tendem a ser progressivamente mais fortes, diferindo das dores menstruais comuns.
Elas podem começar dias antes do sangramento e persistir durante todo o ciclo, indicando uma inflamação mais profunda e crônica no útero.
Inchaço abdominal e sensação de peso pélvico
O aumento do volume uterino causado pela infiltração do tecido endometrial pode gerar a sensação de inchaço, pressão na pelve e aumento do abdômen inferior, sintomas que muitas vezes são confundidos com ganho de peso ou distensão abdominal.
Dor durante a relação sexual (dispareunia)
A adenomiose também pode causar dor durante as relações sexuais, especialmente nas penetrações mais profundas.
Esse sintoma está relacionado ao espessamento e à sensibilidade aumentada do útero.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da adenomiose é feito através de exames de imagem, principalmente ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal e ressonância magnética pélvica, que permitem avaliar o grau de comprometimento uterino.
O tratamento deve ser individualizado, podendo incluir medicamentos hormonais, analgésicos e, em casos mais severos, cirurgia conservadora ou histerectomia, sempre considerando o desejo reprodutivo da paciente.
Conclusão
Perceber os primeiros sinais de adenomiose é o primeiro passo para buscar ajuda especializada.
O diagnóstico precoce permite controlar os sintomas, reduzir a progressão da doença e preservar a qualidade de vida.
Ouvir o próprio corpo é uma forma de autocuidado.
E na adenomiose, isso pode significar mais conforto, saúde e bem-estar.