Caracterizada pelo aumento de um tecido semelhante ao endométrio fora da cavidade uterina, a endometriose afeta mulheres em idade fértil, por conta dos altos níveis de estrogênio nesta fase da vida.
Os trabalhos mostram que, em média, a mulher demora 7 anos para fazer o diagnóstico da endometriose. E, normalmente, este diagnóstico é mais comum de ocorrer entre os 25 e os 40 anos de vida. No entanto, muito disto se deve ao fato da normalização da dor ser algo comum e também pela falta de conhecimento por parte do público leigo e mesmo dos profissionais de saúde. Afinal, infelizmente, a endometriose ainda é pouco conhecida de todos. Desta forma, muitas mulheres acabam fazendo o diagnóstico após inúmeras idas ao pronto-socorro em decorrência de dores incapacitantes e que impactam na sua qualidade de vida ou ainda quando tentam engravidar e não conseguem.
Menopausa e a Endometriose
A média de idades de ocorrência da menopausa na brasileira é ao redor dos 50 anos. Sabe-se que o climatério (fase que precede e sucede a menopausa) é caracterizado por uma série de mudanças físicas e mentais, incluindo a queda da produção hormonal pelos ovários (notadamente o estradiol) que levam ao fim da menstruação e, consequentemente, o fim da fase reprodutiva da mulher.
Por conta, deste término do ciclo menstrual, muitas mulheres têm tendência a achar que a menopausa pode ser uma solução para a endometriose, visto que a menopausa é sim dependente do estrogênio.
Descubra a verdade
A menopausa não cura a endometriose. O que acontece é que, em 95% das mulheres, esta queda da produção hormonal levará à atrofia dos focos de endometriose, levando ao controle natural dos sintomas da doença. No entanto, conforme vocês podem notar, não são 100% das mulheres que terão esta melhora de sintomatologia. Porquê isto ocorre?
A queda estrogênica realmente levará à atrofia dos focos da doença. No entanto, sabe-se que os focos são formados por glândula e estroma endometriais e fibrose. A fibrose não atrofia e não desaparece. Ela sempre estará lá. Assim, em determinadas localizações, a atrofia das glândulas e estromas endometriais pode fazer com que a fibrose remanescente tracione estruturas e cause sintomas.
Outra possibilidade é que alguns trabalhos mostraram que as próprias lesões de endometriose seriam capazes, em algumas mulheres, a produzir estrogênio e, desta forma, se “auto-alimentar”, fazendo com que as mesmas não atrofiassem mesmo após a menopausa.
Terapia de reposição hormonal favorece a endometriose?
A terapia de reposição hormonal é o principal recurso médico para aliviar as ondas de calor, os suores noturnos, a secura vaginal e outros sintomas da menopausa, no entanto, para mulheres que sofrem com endometriose, a necessidade e o tipo deste tratamento devem ser avaliados de uma forma mais criteriosa para que os sintomas da doença não se intensifiquem novamente.
Mesmo após a menopausa a endometriose exige tratamento?
Sim. Mesmo após a diminuição ou o desaparecimento de cólicas intensas, dores na relação sexual, alterações intestinais ou outros sintomas provenientes da endometriose, ainda é preciso seguir à risca o tratamento prescrito pelo ginecologista, manter a visita médica em dia e manter a rotina de hábitos saudáveis.
Veja a seguir alguns cuidados que jamais devem ser interrompidos:
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